19 — Ataque do Rei de Tolo a estas cristandades
He tempo de referirmos os muitos trabalhos que os religiozos de S. Domingos e christãos destas ilhas padecerão com as continuas invassõens dos mouros, jaós, que por vezes vierão infestar estas prayas com seus roubos e latrocinios, por rezão dos quaes hera necessário estarem sempre os religiozos com armas de que ha largas rellações.
18 — Aumento destas cristandades
Indo pois a christandade em o mayor aumento, com a entrada de tantos religiosos e de outros que pollos annos seguintes mandarão os prelados da congregação, não ha hoje povoações nas ilhas de Solor, Sica e Ende em que não haja igreja, e em Timor são muitos mais nos reinos de Lifau, Amanubão, Mena, Luca, Batamião, Cupão e outros reinos de que se compoem esta ilha, em que todo os régulos são hoje christãos e seus filhos e molheres e, a sua imitação, muitos de seus vassalos e tem em suas terras igrejas aonde os padres lhes dizem missas e ministrão os mais sacramentos.
22 — Dominicanos cativos no mar pelos holandeses
Não forão so em terra os trabalhos que padecerão os religiozos de S. Domingos, por sustentar estas christandades, porque tãobem no már e pello mesmo respeito forão muitos delles cativos e alguns mortos, porque, como o olandes andava senhor de todo o mar do Sul e com guerra aberta com os portugueses, não paçava nao por todo elle a quem não dessem busca e revistassem, por verem se levava algum religiozo ou português, e porque, não poderey referir todos, direy somente daquelles religiozos que me chegarão a noticia.
19 — Ataque do Rei de Tolo a estas cristandades
He tempo de referirmos os muitos trabalhos que os religiozos de S. Domingos e christãos destas ilhas padecerão com as continuas invassõens dos mouros, jaós, que por vezes vierão infestar estas prayas com seus roubos e latrocinios, por rezão dos quaes hera necessário estarem sempre os religiozos com armas de que ha largas rellações.
16— O Bispo D. João Gaio Ribeiro pede outros religiosos para Solor e Timor
Vendo porem o bispo Dom João Gayo que os ministros do evangelho que residião nestas christandades ainda não herão bastantes, nem a congregação podia acudir còm os necessários, escreveo ao cardeal Alberto que governava Portugal, pellos annos de 1585, e também ao provincial que então hera o mestre Frey Hyeronimo Correa, dando-lhe conta da grande christandade que os religiozos de S. Domingos havião feito nas ilhas de Timor e Solor e do Ende, pedindo-lhes que mandassem outros religiozos para esta missão, porque os que la assistião ainda não bastão para o muito que tinhão que se occupar e a falta de ministros hera cauza de se não ter feito muito mayor christandade.